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Resposta do Rev. Ari:
Boa tarde!
A sua pergunta é bem interessante. E por ser tão profunda não tem como responder apenas com um simples "sim, ou não". De fato este assunto causa até certo desconforto em algumas pessoas.
A questão do Batismo Infantil é motivo de controvérsia entre muitas igrejas cristãs. Evidentemente devemos respeitar a todos, mesmo quando suas opiniões divergem das nossas.
Entretanto importa muito mais agradar a Deus do que aos homens. E neste caso a verdade quanto aos nenês precisa ser dita:
Primeiro: Ninguém nasce puro e santo, sem pecado. Pode parecer triste, mas a verdade é que porque Adão e Eva pecaram, conseqüentemente todos nos tornamos pecadores (Rm 5.12), e com o pecado veio à morte. O que significa que todos os nenezinhos, por mais bonitinhos que sejam já nascem espiritualmente mortos por conta do fato de que herdaram o pecado original. Esta morte espiritual é justamente o que nos afasta de Deus.
Sei que a maioria das pessoas rejeita esta idéia. E pelo fato dos nenês serem tão indefesos e parecerem tão inocentes, não conseguem imaginar sequer a hipótese de que estes automaticamente já não estejam na Graça de Deus. Muitos até acreditam que os recém nascidos são como anjos, ou que pelo menos não estão debaixo da mesma condenação que os adultos, senão que por algum período dentro da primeira infância gozam de certos privilégios que os livram da condição de pecadores perdidos perante Deus, idéias estas que são completamente contrárias a Bíblia . Até porque o que a Santa Palavra de Deus diz a respeito da humanidade em relação ao pecado, se aplica aos seres humanos desde o nascimento.
Realmente, se observarmos apenas do ponto de vista humano, os nenês não cometeram pecado algum que os possa condenar perante Deus, porém o que os afasta de Deus não é algo que fizeram, mas como eu disse acima, algo que já nasceu com eles, a saber: A natureza corrompida pelo pecado original.
Em que consiste este pecado original? Trata-se de completa depravação e corrupção da natureza humana provocada pela desobediência dos nossos primeiros pais, Adão e Eva (Gn 3.1-24). Tal depravação não consiste em algo que fazemos, ou deixamos de fazer, mas em uma condição pecaminosa que herdamos, que trazemos de nascença.
Ao pecar, Adão perdeu a imagem de Deus, e, por conseguinte passou a gerar filhos segundo a sua própria imagem e semelhança (Gn 5.3), ou seja, imagem da desobediência a Deus, do pecado, da falta de santidade e pureza. Deste modo sabemos que se todos somos filhos de Adão, logo, todos somos imagem e semelhança do pecado.
Enfim, desastrosamente perdemos a “Imago Dei”.
Com isto podemos concluir que criancinhas que não são trazidas a Deus através do Santo Batismo, e que infelizmente morrem afastadas de Deus por conta do pecado original, também não herdarão o Reino de Deus. Situação triste, mas que nos faz ver o quanto devemos ser cuidadosos e zelosos para com aqueles a quem Deus nos confiou como filhos.
Segundo: Por outro lado, alegremo-nos, pois sabemos Deus não nos deixou desamparados.
Assim como o pecado já nasce cravado em nossa natureza e, portanto estamos afastados de Deus desde o nascimento, o Senhor Deus proveu um modo maravilhoso de nos livrar do pecado original, a saber: O Santo Batismo.
É através do lavar regenerador do Santo Batismo que Deus nos recebe em sua Graça desde nossa mais tenra infância.
Talvez alguém diga: Como batizar uma criança que não tem consciência do pecado, e muito menos da fé cristã?
A resposta é simples: Assim como independente da nossa vontade já nascemos perdidos por causa do pecado original, também Deus, independente de nossas atitudes, maravilhosamente nos confere sua Graça pelo Batismo Infantil, meio pelo qual somos recebidos na família da fé e temos completa garantia de estar com Deus.
Deus o abençoe.
Creia nisto:
JESUS QUER VOCÊ!!!
Rev. Ari Fialho Júnior
Teólogo Luterano
Soli Deo Gloria!
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